Reclame publicitário em Lisboa

Tenho em crer que o Tati, um dia, viajou até Lisboa, viu este reclame e nele se inspirou para a cena do neon do restaurante do "Playtime".



Fotografia do Estúdio Mário Novais (sem data)
http://www.flickr.com/photos/biblarte/3209727176/sizes/l/

Perspectivas de Sarnadas de Ródão 1

Eis algo que era para ser, esteve quase para ser, mas que, finalmente e até ver, se transformou num híbrido.
Desenvolvendo um pouco mais, e segundo a proprietária da construção, esta deveria ter sido concluída, por vários antepassados seus, para dar forma a uma habitação familiar. Após aproximadamente 100 anos, aquilo que se percebe como algo incompleto (os vãos fechados com alvenaria atestam-no), tornou-se em muro do lote para armazenamento de máquinas no interior. De um abrigo para humanos para um refúgio de instrumentos.
Interessado e de máquina na mão, a proprietária (a início algo desconfiada) acabou por me dizer que pensava pintar estas paredes. Disse-lhe que não, que, por mim, deixava-as ficar assim, como elas "vieram ao mundo". Vendo a fotografia e relembrando o episódio, continuo a achar que sim, a beleza está nessa sua pertença ao chão, de onde parece que se ergueu, para, por fim, se constituir como um lar (algo que, por enquanto, só acontece aos utensílios que a "habitam").

Sarnadas de Ródão - concelho de Vila Velha de Ródão, distrito de Castelo Branco.

O Marquês Arquitecto

Fondation Cartier (arquitecto Jean Nouvel)
- fotografia de Rui Ornelas, presente em: http://www.flickr.com/photos/fotos_dos_ornelas/411788039/sizes/l/

"EUGÉNIA - Que delicioso esconderijo, meu Deus! Para que são todos estes espelhos?
A SRA. DE SAINT-ANGE - É para, mediante a repetição de atitudes em mil sentidos diversos, multiplicarem ao infinito os mesmos prazeres aos olhos daqueles que sobre esta otomana os estejam a gozar. Nenhuma das partes, seja de que corpo for, pode pois ser escondida: tudo tem que estar à mostra; são outros tantos grupos reunidos em redor dos que estão enlaçados pelo amor, outros tantos imitadores dos seus prazeres, outros tantos quadros deliciosos, com os quais a lubricidade se excita e que não demoram a tornar mais completa."
- Marquês de Sade, A Filosofia na Alcova, Antígona, 2007, pág. 31

And so it starts...

Comecemos, então. Continuaremos, pois. Finalizaremos, um dia.
Bem-vindo(a).